domingo, 13 de janeiro de 2008

Raimundo Lúlio - Ramon Llull






Os livros estão em arquivos executáveis, não se preocupem não contém vírus, testei no meu computador antes de postar(concordo que colocar tal aviso não lhes darão nenhuma garantia acerca da inexistência de vírus).

Fonte do livros digitalizado: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimuno Lúlio - Ramon Llull
Fonte dos dados acerca do livro: http://www.ricardocosta.com/textos/textosllull.htm

Livros:
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Institut Ramon Llull
Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio
Textos traduzidos de Ramon Llull. Coordenação: Prof. Dr. Ricardo da Costa

Raimundo Lúlio, em catalão Ramon Llull, (Palma de Maiorca, 1232/1233 — 1315/1316; também conhecido como Raimundo Lulio em castelhano, como Raimundus ou Raymundus Lullus por autores extrangeiros e como Raymond Lully pelos anglo-saxões) foi o mais importante escritor, filósofo, poeta, missionário e teólogo da língua catalã. Foi um prolífico autor também em árabe e latim, bem como em Langue d'Oc (occitano). É beato da Igreja Católica.

Foi um leigo próximo aos franciscanos, talvez tenha pertencido à Ordem Terceira dos Frades Menores. É conhecido como "Doctor Illuminatus", embora não seja um dos 33 Doutores da Igreja Católica.

Nasceu em Palma de Maiorca, pouco tempo após a conquista de Maiorca pelo rei D. Jaime I de Aragão. Não se sabe a data exata do seu nascimento, mas calcula-se que ocorreu entre fins de 1232 e começos de 1233. Ramon era filho de uma família de boa situação financeira, eram seus pais Ramon Amat Llull e Isabel d'Erill.

De acordo com Umberto Eco , o lugar do nascimento foi determinante para Llull, pois Maiorca era uma encruzilhada, ná época, das tres culturas: cristã, islâmica e judia, até o ponto de que a maior parte de suas 280 obras conhecidas terem sido escritas inicialmente em árabe e catalão. [1].

Além de ser o primeiro autor que utilizou uma língua neolatina para expressar conhecimentos filosóficos, científicos e técnicos e de se destacar por uma aguda percepção que o permitiu antecipar muitos conceitos e descobrimentos, foi o criador do catalão literário, com um elevado domínio da língua e seu primeiro novelista.

De família cristã, Lúlio conviveu com muçulmanos e judeus em sua ilha de origem, Maiorca. Lúlio converteu-se definitivamente ao cristianismo em 1263, no ano da famosa Disputa de Barcelona, entre um teólogo judeu, o mestre Mosé ben Nahman de Girona, e um judeu convertido, Pau Crestià. Nessa Disputa, foi utilizado o procedimento de partir das argumentações do livro revelado do opositor. A partir dessa época, os apologetas cristãos passaram a estudar em profundidade os textos islâmicos e judeus.

Mas Lúlio seguiu uma outra vertente. Em seu diálogo interreligioso, motivado pela tentativa missionária de conversão do "infiel", preferia partir do que chamava de "razões necessárias". É o que desenvolve, por exemplo, em O Livro do Gentio e dos Três Sábios (1274-1276).

Futuramente, criará uma forma de argumentação baseada na automatização do pensamento, na chamada Grande Arte, utilizando um procedimento baseado na Zairja.

Conhecido em seu tempo pelos apelidos de Arabicus Christianus (árabe cristiano), Doctor Inspiratus (Doutor Inspirado) ou Doctor Illuminatus (Doutor Iluminado), Llull é uma das figuras mais fascinantes e avançadas dos campos espiritual, teológico e literário da Idade Média. Em alguns de seus trabalhos propos metodos de escolha, que foram redescobertos séculos mais tarde por Condorcet (século XVIII).

Citação
Natal
" Adoro o Menino abençoado, Deus e homem, a sua divindade, a sua humanidade e todo o bem que há nele, já que a ele toda adoração objetiva e, finalmente, deve ser endereçada. Adoro nele a soberana bondade, a soberana grandeza e todas as demais qualidades incriadas; e, sendo ele homem, adoro também essas mesmas qualidades tal como foram criadas; e como todas as coisas foram feitas por ele, adoro o seu entendimento, e a sua boa vontade adoro, e qualquer outra ação sua; e a ele ofereço toda a minha inteligência, todo o meu poder e todo o meu agir, e, se mais pudesse, mais diria para a sua glória e a sua honra. Adoro o Menino que há de sofrer a paixão, há de ser sepultado e há de ressuscitar no terceiro dia, e com toda a glória dele adoro também a bem-aventurada Virgem sua sacratíssima Mãe." (Ramon Llull, em : Do nascimento do Menino Jesus, Escritos antiaverroístas, EDIPUCRS, Porto Alegre 2001, p. 64)

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