quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A ditadura militar no Brasil - 3 - Jango, Ascensâo e Queda



Esse terceiro volume da série sobre a ditadura no Brasil trata sobre a era Jango, sua ascensão e queda e como se deu o movimento de criação da base de sustentação civil da ditadura.

Fonte: Extraído da “Coleções Caros Amigos – A ditadura militar no Brasil – A historia em cima dos fatos” fascículo 3
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Diretório onde se encontram os fascículos

Introdução:

Parlamentarismo á brasileira

Solução de compromisso ou golpe branco?

Vimos nos dois primeiros fascículos como a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, abriu grave crise institucional. Normalmente, bastava obedecer à Constituição, o vice tomaria posse, e o país iria em frente. Mas não havia condições “normais”.

O vice João Goulart, o Jango, não agradava aos direitistas civis “raivosos”. Menos ainda aos militares cevados no anticomunismo, no contexto da Guerra Fria insuflada pelos americanos para opor o capitalismo ao socialismo. Jango lhes parecia “perigoso” - herdeiro de Vargas, acenava com “reformas”, ascensão das classes trabalhadoras, não tinha preconceito contra esquerdistas em geral.

Já o tinham alijado do governo em 1954, quando ministro do Trabalho de Getúlio, propôs aumento de 100% no salário mínimo, em 1955, tentaram impor à nação, nas eleições presidenciais de outubro, um candidato único civil e “apoiado pelas Forças Armadas” – para evitar que Jango formasse com JK a chapa que, como temiam, sairia vencedora; eleitos os dois, tentaram impedir a posse.

Agora, com a renúncia de Jânio, queriam até impedir a volta de Jango ao Brasil – estava na China em visita oficial.

Para evitar o conflito, o conciliador Jango aceitou a “solução de compromisso” que implantou o parlamentarismo no país, pela emenda constitucional n° 4; ela revia um plebiscito para o início de 1965, nove meses antes do fim de seu governo o povo decidiria se o parlamentarismo ficava ou voltaria o presidencialismo.

A manobra, espécie de “golpe branco”, desagradou aliados de Jango. Mas ele trabalharia pela volta do presidencialismo. Queria governar e não apenas reinar – “ser a rainha da Inglaterra”, como se dizia.

Resumo:

  • A herança de JK: dívidas, inflação
  • Congresso conservador, gabinete conservador
  • Brizola, pedrinha no sapato americano
  • Jango pronuncia as palavras mais temidas
  • A greve vitoriosa pelo 13° salário
  • O sistema de gabinete vai por água abaixo
  • Democracia para o reacionário é desordem
  • Xô, parlamentarismo!
  • Pensando em 1956, até a direita votou “não”
  • Enfim, Jango à frente do poder executivo
  • Ouro por ferro velho
  • A forca do operário é a fraqueza do plano
  • Pela vontade daquele Congresso, jamais haveria reformas
  • Inimigos agem à solta e os aliados nada podem fazer
  • O projeto Reformas e Base ruiu porque não chegou ao povo
  • A peca que aterrorizou Castelo Branco
  • Palavras ameaçadora para os generais
  • O que eles disseram na introdução do livro, publicado em 2006 pela L&M Editores
  • Três figuras:
  • Brizola - O Engenheiro
  • Lacerda – Corvo conspirador
  • Jango – Estancieiro esclarecido
  • Até dom Paulo, defensor dos direitos humanos, saudou o golpe
  • Chega o padre da CIA
  • A reviravolta diante da violência
  • Uma visita de cortesia armada até os dentes
  • “Cabe ação imediata”
  • “A coisa mais importante que aconteceu no hemisfério”
  • Brasil adota conceito da Guerra Fria
  • A “bestinha” nocauteia o “turco”
  • As armas, onde estavam as armas?
  • ”64 foi isso pra mim”
  • Conspiração escrita, falada e televisionada
  • “O país estará em frangalhos”
  • Jornalistas se arrependeram do apoio, patrões se ajeitaram
  • O que queria os homens da foice-martelo?
  • Os últimos a resistir

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