domingo, 27 de janeiro de 2008

A ditadura militar no Brasil - 2 - Antecedentes do golpe: suicídio de Getulío


Considero a Caros Amigos o melhor periódico atualmente nas bancas. Muitos a consideram extremista, eu ao contrário a considero corajosa por assumir uma posição que não seja ditada pelo que é mais rendoso ou mais próxima do senso comum. Avesa a idéia dominante, apresenta uma miríade de visões dentro do que se convencionou chamar de esquerda.
Há alguns meses iniciou uma série de especiais com o intuito de contar a história sobre a ditadura militar no Brasil. Infelizmente perdi o primeiro fascículo(o sétimo acabou de sair nas bancas). É uma obra que merece ser lida, debatida entendida, para que nunca mais seja repetida.

Plano da obra:
1. A noite do golpe
2. Antecedentes: A suicídio de Vargas
3. Governo Jango(1961-1964)
4. Governo Castelo Branco(1964-1967)
5. Governo Costa e Sila(1967-1969)
6. Governo Médici (1969-1974): O milagre
7. Governo Médici- A tortura
8. Governo Médici – Terror total
9. Governo Geisel (1974-1978): Fim do milagre
10. Governo Geisel – Extinta a luta armada
11. Governo Geisel – A abertura
12. Governo Figueiredo (1979-1985): Fim da ditadura

O segundo fascículo trata sobre os antecedentes do golpe, a pressão sobre Getulio Vargas, sua morte, as tentativas de barrar JK, a visita de Che, e o preparo do terreno feito pelas entidades civis.

Fonte: Extraído da “Coleções Caros Amigos – A ditadura militar no Brasil – A historia em cima dos fatos” fascículo 2
Digitalizado por: Compartilhando e criando informação

Links:
Fascículo em formato pdf
Fascículo em formato cbr(imagens compactadas)
Diretório onde se encontram os fascículos

Introdução:

“Antecedente de 1964: da formação ao colapso do populismo”

Getúlio Vargas, que chegou ao cargo máximo da República pela primeira vez cavalgando a Revolução de 1930 como seu principal líder, governou o país durante quinze anos. Cai em 1945, derrubado por generais de seu próprio ministério. Comandou uma ditadura em mais da metade daquele tempo (Estado Novo, 1937-1945). Contudo, o período inicial da chamada Era Vargas introduziu inovações como o voto feminino e a Justiça Eleitoral; conquistas sociais como salário mínimo, organização sindical; e deu início à industrialização do Brasil.
Derrubado Vargas, o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares, assume a presidência até que, realizadas eleições, tomem posse o novo chefe de governo e a Assembléia Nacional Constituinte. A 2 de dezembro, vence o general Enrico Gaspar Dutra, ministro da Guerra no governo Vargas, candidato pelo PSD, Partido Social Democrático, criado pelo próprio Vargas junto com o PTB, Partido Trabalhista Brasileiro. Fica em segundo lugar o candidato da UDN, União Democrática Nacional, outro militar, brigadeiro Eduardo Gomes.
Dutra, eleito graças ao apoio de Getúlio, tomou posse em janeiro de 1946 em clima de euforia pelo restabelecimento das liberdades democráticas. Sob a nova Constituição, a "melhorzinha" que já tivemos no dizer de Darcy Ribeiro, realizam-se em 10 de janeiro de 1947 eleições gerais - de governos estaduais a câmaras municipais. Uma das marcas do governo Dutra foi o alinhamento do Brasil aos Estados; Unidos em todos os setores. Rompemos relações diplomáticas com a União Soviética e cresceu a cultura anticomunista no Brasil. Em 7 de maio de 1947, o governo põe o Partido Comunista na ilegalidade; e, em 7 de janeiro de 1948, a Justiça Eleitoral cassa os mandatos dos parlamentares comunistas.

Resumo:
• Entre Getúlio e outro, um Dutra afinado com os EUA
• Chega a matéria plástica
• O suicídio adia o golpe de 1954 para 1964
• Manifesto dos Coronéis – Anote os nomes, eles ensaiam em 54 e darão o golpe em 64
• Esquece o Brasil
• Vargas, o homem que deu nome a uma era
• O petróleo é nosso
• EUA pressionaram parlamentares
• A banda de Música ensaia o espetáculo final
• Instala-se a República do Galeão
• Os últimos momentos do presidente
• Carta-testamento
• Nova manobra: barrar o caminho de JK
• Um governo de três dias, mas que dias cheios
• Parecia que o Brasil, enfim, ia decolar
• Estabilidade política e tolerância
• Abertura ao capital externo, educação negligenciada
• Bossa nova, automóvel, modernidade: os Anos Dourados
• A miragem surge no vazio do cerrado
• Depois de Brasília, a crise, a dupla Jan-Jan, o golpe
• O Barão de Itararé ri até da desgraça: depois de apanhar dos militares, pôs aviso na porta: “Entre sem bater”
• O estado a que chegamos
• Não era a última esperança
• Cortesia vira subversão: Grã-Cruz de Che
• Desmaiou, chorou, esperando ser chamado
• Complicações para Jango
• A volta redonda do jornalismo brasileiro
• Ultima Hora nasceu batendo O Globo
• Fim de Jango, fim de UH
• Ligas Camponesas, nove anos que assustaram o latifúndio
• Entidades civis preparam o terreno
• Caíram no conto do anticomunismo e do inimigo interno
• Hierarquia não suporta democracia

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