Esse terceiro volume da série sobre a ditadura no Brasil trata sobre a era Jango, sua ascensão e queda e como se deu o movimento de criação da base de sustentação civil da ditadura.
Fonte: Extraído da “Coleções Caros Amigos – A ditadura militar no Brasil – A historia em cima dos fatos” fascículo 3Digitalizado por: Compartilhando e criando informação
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Introdução:
Parlamentarismo á brasileira
Solução de compromisso ou golpe branco?
Vimos nos dois primeiros fascículos como a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, abriu grave crise institucional. Normalmente, bastava obedecer à Constituição, o vice tomaria posse, e o país iria
O vice João Goulart, o Jango, não agradava aos direitistas civis “raivosos”. Menos ainda aos militares cevados no anticomunismo, no contexto da Guerra Fria insuflada pelos americanos para opor o capitalismo ao socialismo. Jango lhes parecia “perigoso” - herdeiro de Vargas, acenava com “reformas”, ascensão das classes trabalhadoras, não tinha preconceito contra esquerdistas em geral.
Já o tinham alijado do governo em 1954, quando ministro do Trabalho de Getúlio, propôs aumento de 100% no salário mínimo, em 1955, tentaram impor à nação, nas eleições presidenciais de outubro, um candidato único civil e “apoiado pelas Forças Armadas” – para evitar que Jango formasse com JK a chapa que, como temiam, sairia vencedora; eleitos os dois, tentaram impedir a posse.
Agora, com a renúncia de Jânio, queriam até impedir a volta de Jango ao Brasil – estava na China em visita oficial.
Para evitar o conflito, o conciliador Jango aceitou a “solução de compromisso” que implantou o parlamentarismo no país, pela emenda constitucional n° 4; ela revia um plebiscito para o início de 1965, nove meses antes do fim de seu governo o povo decidiria se o parlamentarismo ficava ou voltaria o presidencialismo.
A manobra, espécie de “golpe branco”, desagradou aliados de Jango. Mas ele trabalharia pela volta do presidencialismo. Queria governar e não apenas reinar – “ser a rainha da Inglaterra”, como se dizia.
Resumo:
- A herança de JK: dívidas, inflação
- Congresso conservador, gabinete conservador
- Brizola, pedrinha no sapato americano
- Jango pronuncia as palavras mais temidas
- A greve vitoriosa pelo 13° salário
- O sistema de gabinete vai por água abaixo
- Democracia para o reacionário é desordem
- Xô, parlamentarismo!
- Pensando em 1956, até a direita votou “não”
- Enfim, Jango à frente do poder executivo
- Ouro por ferro velho
- A forca do operário é a fraqueza do plano
- Pela vontade daquele Congresso, jamais haveria reformas
- Inimigos agem à solta e os aliados nada podem fazer
- O projeto Reformas e Base ruiu porque não chegou ao povo
- A peca que aterrorizou Castelo Branco
- Palavras ameaçadora para os generais
- O que eles disseram na introdução do livro, publicado em 2006 pela L&M Editores
- Três figuras:
- Brizola - O Engenheiro
- Lacerda – Corvo conspirador
- Jango – Estancieiro esclarecido
- Até dom Paulo, defensor dos direitos humanos, saudou o golpe
- Chega o padre da CIA
- A reviravolta diante da violência
- Uma visita de cortesia armada até os dentes
- “Cabe ação imediata”
- “A coisa mais importante que aconteceu no hemisfério”
- Brasil adota conceito da Guerra Fria
- A “bestinha” nocauteia o “turco”
- As armas, onde estavam as armas?
- ”64 foi isso pra mim”
- Conspiração escrita, falada e televisionada
- “O país estará em frangalhos”
- Jornalistas se arrependeram do apoio, patrões se ajeitaram
- O que queria os homens da foice-martelo?
- Os últimos a resistir
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