sábado, 9 de fevereiro de 2008

Discutindo Filosofia 4



Finalmente a quarta edição de Discutindo Filosofia, sei que demorei um pouco para liberá-la, mas o tempo está curto e preferi dar uma atenção maior aos especiais sobre a Ditadura , que é quinzenal ao contrario da Discutindo que é bimestral, além disso o texto é mais denso, sem ser chato ou hermético diga-se, e para quem quiser se aprofundar exige uma leitura de livros,nem sempre pequenos, e que tentarei disponibilizá-los também sempre que possível. Vale ressaltar aqui que a digitalização dos livros não é feia por mim, são encontrados nos mais diversos sites. Chega de “enrrolação” e boa leitura a todos.

Links:
Revista em formato pdf
Revista em formato cbr(imagens compactadas)
Diretorio onde se encontram as revistas

Editorial:

Chegamos ao quarto número. Gradativamente, a revista tem crescido. Isso demonstra que a Filosofia tem um lugar especial em nossa sociedade. Não são só especialistas que se interessam por ela. Um novo espaço começa a ser descoberto. As con­tribuições deste projeto tem sido muito estimadas por todos aqueles que estão diretamente envolvidos com o ensino de Filosofia e por aqueles que sempre buscaram um canal de comunicação mais flexível com ela. Aqui, professores e estudantes de Filosofia coabitam.

Neste número inauguramos uma nova seção - Espaço do Leitor -, pois é necessário ampliar o diálogo entre os leitores e a redação de Discutindo Filosofia.

Nesta edição trazemos textos que versam sobre Ciência, Arte, Literatura e Ética. Na Ciência vamos das leis de Kepler, passando pela Lógica, à questão da falseabilidade das teorias científicas de Popper. Na Arte discutimos, à luz de Schopenhauer, nossa relação com a música, ancorando-nos num panorama sobre a história da Estética, para então discutirmos a estreita relação existente entre a Literatura e a Filosofia.

Mas nosso tema principal é a Ética. Muito se fala sobre Política e sempre se evoca a Ética como algo imprescindível à vida social. É no rastro dessas questões que trazemos um belo material que nos põe em contato com um dos filósofos contemporâneos mais comentados da atualidade -Emmanuel Lévinas. Neste ano comemora-se o centenário de seu nascimento e com essa festividade vem à tona sua filosofia sobre o homem.

Desejamos partilhar com o leitor reflexões sobre o homem, mais particularmente sobre o homem e suas relações. Neste sentido o conceito de cuidado de Heidegger e o alerta de Plutarco sobre a presença do bajulador nos levam a problematizar os significados que atribuímos ao que nos cerca. Assim, nunca é demais pensar sobre os sentimentos que eventos que mobilizam as massas, como a Copa do Mundo, podem nos suscitar e como nos situamos diante deles.

Boa leitura!

Um abraço, Marta Vitória de Alencar

Profa de Filosofia da Escola de Aplicação-FEUSP filosofla@escalaeducacional.com.br

Resumo:

  • Religião: Santo Agostinho e o caminho para a felicidade
  • Filosofia e Cotidiano: Especulações no palco
  • Filosofia da Ciência: Eliminando o erro
  • Um Filósofo, Uma Idéia: Heidegger e o cuidado
  • Tendência: Quando cresce o orgulho nacional
  • Moral: Reconheça o verdadeiro amigo
  • Capa: Emmanuel Lévinas: Ética e Alteridade
  • Lógica: Os caminhos do Raciocínio
  • Café Filosófico: Olhos nos Olhos da Morte
  • Astronomia: Um descobridor chamado Kepler
  • O que é Estética: A beleza e seus sentidos
  • Trocando em Miúdos: A arte pode curar
  • Literatura e Filosofia: A intenção de provocar
  • Na sala de aula: Encontros Filosóficos

"Os filosófos trazem novos conceitos, expõem novos conceitos, mas não dizem ou não dizcm completamcntc. os problcmas aos quais essoes conceitos correspondem. Por exemplo, Hume expõe um conceito original de crença, mas não diz por que e como o problema do conhecimento se coloca de forma que o conhecimento seja um modo determinável de crença... A F ilosofia consiste sempre em inventar conceitos... Hoje a informática, a comunicação, a produção comercial é que se apropriam das palavras conceitos e criativos. esses conceituadores constituem uma raça arrogante que exprime o ato de vender como supremo pensamento capitalista, o cogito da mercadoria. A Filosofia sente-se pequena e solitária diante de tais potências, mas. caso lhe aconteça morrer, pelo menos será de rir."

Deleuze, filósofo francês (1925-1995)
em Signos e Acontecimentos

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