quinta-feira, 27 de março de 2008

Nietzsche - Crepúsculo dos idolos


Fonte do livro digitalizado: Projeto Democratizacao da leitura
Fonte dos dados acerca do livro: Wikipedia

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“ ...O que exijo do filósofo é que se coloque além do bem e do mal, que ponha sob si a ilusão do juízo moral. Essa exigência é o resultado de um exame feito por mim pela primeira vez e no qual chegou-se à conclusão que não há fatos morais. O juízo moral tem em comum com o juízo religioso o crer em realidades que não existem. A moral é tão-somente uma interpretação de certos fenômenos, porém uma falsa interpretação. O juízo moral pertence, como o juízo religioso, a um grau de ignorância em que a noção da realidade. a distinção

entre o real e o imaginarão não existem, de modo que em tal grau a palavra verdade serve para expressar coisas que hoje chamamos imaginação. Por isso não se deve nunca tomar ao pé da letra o juízo moral, pois entendido assim seria um contrasenso. Entretanto, como semiótica possui um valor inapreciável, pois revela ao que sabe entender, ao menos, realidades preciosas acerca das civilizações e dos gênios que não souberam bastante para compreenderem a si mesmos. A moral é apenas uma linguagem de signos, uma sintomatologia, é preciso saber de antemão do que se trata para se poder tirar partido dela. ...”

Trecho : Sobre aqueles que querem Tornar a humanidade “melhor”

"Crepúsculo dos ídolos" foi a penúltima obra de Nietzsche, escrita e impressa em 1888, pouco antes de o filósofo perder a razão. O próprio Nietzsche a caracterizou - numa das cartas acrescentadas em apêndice a esta edição - como um aperitivo, destinado a "abrir o apetite" dos leitores para a sua filosofia. Trata-se de uma síntese e introdução a toda a sua obra, e ao mesmo tempo uma "declaração de guerra". É com espírito guerreiro que ele se lança contra os "ídolos", as ilusões antigas e novas do Ocidente: a moral cristã, os grandes equívocos da filosofia, as idéias e tendências modernas e seus representantes. De tão variados e abrangentes, esses ataques compõem um mosaico dos temas e atitudes do autor: o perspectivismo, o "aristocratismo", o realismo ante a sexualidade, o materialismo, a abordagem psicológica de artistas e pensadores, o antigermanismo, a misoginia. O título é uma paródia do título de uma opera de Wagner, Crepúsculo dos deuses. No subtítulo, a palavra "martelo" deve ser entendida como marreta, para destroçar os ídolos, e também como diapasão, para, ao tocar as estátuas dos ídolos, comprovar que são ocos

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